29/02/2012 09h02
- Atualizado em
29/02/2012 09h05
Atendentes terceirizados de central de emergências do DF entram em greve
Trabalhadores reclamam de atraso no pagamento de salários e benefícios.
GDF diz que tem plano de contingência e população não será prejudicada.
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A Ciade recebe as ligações feitas pela população para os números 190 e 193, que tratam de de emergências policiais e do Corpo de Bombeiros.
Apesar do início da greve, durante esta madrugada, o atendimento ocorreu normalmente. O major Nelson Barbosa, responsável pela central onde ficam os atendentes, garantiu não havia risco de suspender o atendimento. “Está previsto suprir essa ausência, caso seja necessário, com policiais militares e bombeiros”, informou.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Distrito Federal (Sintel-DF) afirmou que as atividades seriam suspensas porque os 200 funcionários da empresa que presta serviço ao governo do DF reclamam de atrasos nos salários e em benefícios, como o auxílio-transporte e o auxílio-alimentação.
“É inadmissível. Pedimos agora a interferência do governo para que mantenha o emprego desses trabalhadores, além de fazer com que essas empresas venham pagar o que é devido”, falou o representante do Sintel, José Goudin.
Mesmo sem os terceirizados, governo garante que a população não será prejudicada. O GDF estima que os números 190 e 193 recebem 12 mil ligações por dia. “Temos um plano de contingência que está sendo aplicado. Temos efetivo pronto que já está atuando e todas as ligações que forem feitas para a Ciade serão atendidas”, afirma o subsecretário de Operações de Segurança, coronel Jooziel de Melo Freire.
De acordo com o coronel, o efetivo que atuará em substituição aos atendentes terceirizados não será deslocado das ruas. “Não haverá prejuízo para o policiamento externo porque ninguém está sendo retirado das ruas para esse tipo de atividade. Essa equipe emergencial que está assumindo é da própria Ciade.”
O subsecretário informou ainda que o contrato com a empresa terceirizada está em processo de rompimento. “Houve a primeira crise em outubro. Agora, no início do ano, tivemos o mesmo problema porque a empresa não apresentou solução para os problemas dessa relação entre patrão e empregados.”
Se o rompimento for realmente realizado, o governo planeja, diz o subsecretário, contar com uma equipe de servidores, formada por policiais e bombeiros. “São pessoas que hoje estão com restrição permanente, problemas de saúde e não podem mais desenvolver suas atividades na área fim”, explicou o coronel Jooziel de Melo Freire.